Doenças cardiovasculares: a importância do combate ao sedentarismo para uma vida mais saudável
Entenda a relação entre o sedentarismo e os riscos para doenças do coração
As doenças cardiovasculares são responsáveis por milhares de mortes no Brasil e no mundo. Um dos principais fatores que contribuem para o aumento desses números é o sedentarismo, condição que afeta boa parte da população. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sedentarismo é o quarto maior fator de risco de mortes globais. Com a ausência de atividade física regular, o coração sofre, e as chances de desenvolver problemas como infarto e AVC aumentam significativamente.
O sedentarismo é mais perigoso que a obesidade quando o assunto são doenças cardiovasculares. Um estudo da Universidade de Cambridge revelou que, das 9,2 milhões de mortes na Europa, 676 mil foram atribuídas ao sedentarismo, o dobro das 337 mil causadas pela obesidade. Isso demonstra que o movimento regular do corpo, mesmo em pessoas acima do peso, pode trazer benefícios enormes para a saúde do coração.
Como o sedentarismo afeta o coração
A falta de exercícios físicos está diretamente associada a uma série de doenças que comprometem a saúde cardiovascular. O sedentarismo pode levar ao acúmulo de gordura nas artérias, dificultando a circulação sanguínea e aumentando o risco de infarto, hipertensão e tromboses. Além disso, a inatividade física está ligada à obesidade, diabetes tipo 2 e aumento do colesterol, todos fatores de risco para o coração.
Um estudo publicado na revista Circulation mostrou que pessoas que passam mais de 10 horas por dia sentadas têm níveis elevados de troponina, uma proteína liberada pelas células do músculo cardíaco quando estas são prejudicadas. Ao longo de dois anos, um grupo de indivíduos que praticaram exercícios vigorosos conseguiu reduzir a rigidez no ventrículo esquerdo do coração e melhorar o bombeamento sanguíneo, reduzindo o risco de insuficiência cardíaca.
Sair do sedentarismo: pequenos passos, grandes resultados
Se movimentar é a chave para uma vida mais saudável. E, para quem está começando, o primeiro passo pode ser simples, como uma caminhada leve. A prática regular de exercícios aeróbicos, como caminhar, nadar ou andar de bicicleta, é fundamental para o coração, mas deve ser supervisionada por profissionais de saúde e educação física.
A Federação Mundial de Cardiologia recomenda que todos, independentemente do peso corporal, pratiquem ao menos 150 minutos de atividades físicas moderadas por semana. Depois de 12 semanas, os benefícios já são visíveis, com melhora na circulação sanguínea, controle da pressão arterial e redução dos níveis de colesterol.
A importância da avaliação médica
Antes de começar qualquer atividade física, é fundamental realizar um check-up com um cardiologista. Exames como eletrocardiograma e teste de esforço são essenciais para garantir que o corpo esteja preparado para a nova rotina. O acompanhamento de um profissional de educação física também é indispensável para orientar a prática correta e segura dos exercícios.
Ao longo do tempo, o corpo se adapta aos movimentos, e os efeitos positivos começam a aparecer. Isso se reflete em um coração mais saudável e forte, além de maior qualidade de vida.
Fontes:
- Ministério da Saúde
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- American Journal of Clinical Nutrition