A prática da jardinagem e da horticultura tem ganhado destaque como uma forma poderosa de promover saúde e bem-estar, especialmente na terceira idade. De acordo com estudos, atividades que envolvem o cuidado com plantas proporcionam benefícios físicos e emocionais significativos, além de auxiliar na prevenção de doenças crônicas. A horticultura terapêutica é dividida em modalidades passivas e ativas: a primeira envolve a simples contemplação da natureza, enquanto a segunda inclui a participação ativa no cultivo e na manutenção dos espaços verdes.

Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da USP em Embu das Artes (SP) revelou que hortas comunitárias elevam a autoestima, fomentam o autocuidado e incentivam hábitos saudáveis. Os participantes relataram não só uma melhora em suas condições de saúde, mas também um aumento na motivação e uma nova percepção sobre alimentação e saúde. Esses benefícios são especialmente importantes na terceira idade, fase da vida em que o cultivo de plantas pode contribuir para a manutenção de uma vida ativa e significativa.

As diretrizes da Associação Norte-americana de Hortoterapia (ANH) destacam diferentes abordagens da hortoterapia, desde a terapia com objetivos clínicos específicos, mediada por profissionais, até a horticultura social, que promove a interação comunitária e lazer sem metas terapêuticas formais. A horticultura vocacional é outra vertente que permite aos idosos aprenderem habilidades que podem ser aplicadas profissionalmente.

Estimular a prática da jardinagem em casa, mesmo em pequenos espaços, como apartamentos, é uma forma de garantir acesso contínuo a alimentos frescos e saudáveis, livres de agrotóxicos. Com a orientação certa, criar um ambiente verde em casa pode ser uma experiência gratificante e transformadora para os idosos, aumentando seu senso de utilidade e proporcionando um estilo de vida mais saudável e feliz.